domingo, 27 de setembro de 2009

O que está acontecendo em Honduras?




Você já deve ter ligado a sua TV e ouvido falar sobre Honduras pra cá, presidente deposto pra lá, e nao deve tá entendendo p**** nenhuma né?
Aqui eu vo explica exatamente o que está acontecendo em Honduras.

Primeiramente, Honduras é um país na América Central, limitado a norte pelo Golfo das Honduras e ao sul pela Nicarágua.

O último presidente eleito lá foi Manuel Zelaya. Zelaya tentou mudar a Constituição conservadora e incorporar o país à ALBA (Alternativa Bolivariana para as Américas) - uma integração complementar e solidária, não imperialista – à busca de recursos e alternativas capazes de mitigar injustiças sociais.

O Exército hondurenho não ficou feliz com tal tentaiva e deu um golpe militar, e com este golpe colocaram no poder Micheletti. Tá, mas que que o Brasil tem a ver com isso? Simples, a embaixada brasileira abrigo o deposto (Zelaya). Então os militares hondurenhos resolveram, cortar luz, água, e tudo mais que a embaixada tinha direito. Além de tudo isso, aplicou um toque de recolher as 5h da tarde ( o governo acabou com o toque de recolher hoje 24/09/09).

O modelo do golpe não era original. Dois golpes anteriores se deram da mesma forma: uma falsa renúncia do Presidente da República, sua prisão de surpresa, sem processo, colocavam o presidente em um avião para fora do país e a posse de um fantoche de confiança dos EUA e da oligarquia local. O golpe em Honduras é um desempate; daí sua importância. Num deles, no Haiti, conseguiram sacar do poder o Presidente eleito, Aristides; na Venezuela, não conseguiram derrubar o Presidente Chávez.

O golpe militar estava ocorrendo tudo bem até que ouve um erro na execução. Eles não "satanizaram" Zelaya, para que a população compreendesse e apoiasse o golpe. Graças a este erro, todos os países passaram a repudiar imediatamente o golpe, inclusive, alguns deles, para não permitir que este tipo de golpe virasse uma “jurisprudência” contra eles próprios.

Zelaya acaba alimentando este jogo, com seus erros e/ou conciliações. Quando aceita uma negociação de cartas marcadas, reconhecendo na prática o governo golpista. Essa negociação terá claro algum preço, como a ruptura com a ALBA e a manutenção (quem sabe a ampliação), da estratégica base militar ianque de Soto Cano. Afinal de contas, Honduras dispõe de grandes reservas de petróleo e fica exatamente entre os dois países com governos progressistas na América Central, articulados com a ALBA: El Salvador e Nicarágua.

O objetivo principal desta negociação é a eleição de um “tertius” (terceiro) de consenso das elites, para “unir o país” e legitimar o golpe. Mas para a eleição deste "terceiro" é necessário a convocação das eleições, que só pode ser feita por Zelaya. Mas por que Zelaya faria isso? É lógico, ele ganharia um prêmio, seu prêmio de consolação seria uma anistia e o direito de concorrer no futuro.

Este plano de "negociação" é perfeito, mas tem dois contras.

A população poderia se revoltar mais ainda e acrescentar uma outra bandeira, para além da volta do Presidente deposto. O outro fator é a solidariedade internacional. A solidariedade internacionalista, é a única forma de contribuir para que a solução da crise hondurenha faça avançar, e não retroceder, o processo de mudanças.

Atenção, este texto contém trechos do texto de Ivan Pinheiro, Secretário Geral do PCB.


/mjornada :)

2 reciclagens:

Anônimo disse...

Precisava fazer um trabalho da escola sobre o que esta acontecendo em Honduras e naum achava em nenhum lugar entaum eu achar esse site foi muito bom ótimo

Iago A. disse...

Perfeito! Tudo o que dizia na internet era incompleto, ou era difícil de entender. Agora, esse site foi muito bom, pois eu tenho trabalhos assim para a escola e não encontrava isso em lugar nenhum. Parabéns.

 

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